domingo, 30 de março de 2014

Juntos

Se eu pudesse,
Voltaria.
Eu mudaria.
Não seria,
Eu.
Você,
Não sofreria.
Eu te amo...
Vamos!

Gi Amor

Cabelo duro...


Fede, queima, é insuportável,
Fazer o quê? É necessário.
Pasta, chapa, secador,
Estica, alisa... Que puta calor!
Termino com a palha lisa,
Sim, palha, após tanta química
Não há proteína que resista.
Fica lá todo esticado, arrepiado, espigado.
Faço horas por meus cabelos,
Que mais parece uma grama,
Palavras de quem me amam*
Mas ao final vale a pena,
Saio feliz balançando a ilusão,
Vejo-os lisos e quase sedosos.
Mas apenas camuflados, enganados...
Sei que sofro, mas não só eu.
E pior é quando chove,
Fudeu! Molhou, encolheu!

Com amor e calor, Gi Amor-

* Palavras do meu filho

sexta-feira, 7 de março de 2014

O Coala Canalha




Em uma mata distante,
Nos confins da Austrália,
Vivia um ser único,
Um pequeno coala canalha.

Era egocêntrico,
Um autêntico fanfarrão,
Queria dominar o mundo,
E ter a vida de um sultão.

Sendo pequeno e fracote,
Precisava de um aliado,
Não conseguindo um comparsa,
Fez um pacto com o diabo.

O capeta não se fez de rogado,
E logo começaram a planejar,
Foram primeiro à China,
Para depois o resto conquistar.

Encontraram um carinha bondoso,
Um grande panda bonachão,
Seria fácil enrolá-lo,
E usá-lo como peão.

O pandinha, coitadinho,
Se fudeu ao querer ajudar...
Mas como sou eu quem escreve,
Vamos esperar acabar...

O plano era inédito,
Uma bomba com bambu e macarrão,
Juntando TNT,
Haveria uma nojenta explosão!

O diabo e o coala riam muito,
Do urso manchado ingênuo,
Que sem saber armazenava em sua casa,
Aquele maldito instrumento.

Na calada da madrugada,
Os dois malvados cochicharam,
Era a hora de montar a arma,
E mandar o mundo para o ralo.

Fizeram a mistura,
Já estava quase tudo pronto,
Mas como trabalharam tanto,
Foram vencidos pelo sono.

Então, o Panda acordou com fome,
E comeu aquilo tudo sem saber,
Deitou-se em sua caminha,
E esperou amanhecer.
Ao acordar,
O Coala quase morreu do coração,
Gritou para o diabo correr,
Pois tinha sumido a munição.

O diabo lembrou ao coala,
Do tratado que fizeram,
O Canalha abaixou as orelhas,
Perdeu da pureza e foi pro inferno!

Moral:
Se existe mesmo a lei do retorno, na dúvida, prefiro flores!

Beijos,

Gi