terça-feira, 31 de julho de 2012

Coragem de ser feliz





Tenho pena de gente covarde,

Eternos personagens.

Iludem-se com um futuro inexistente.

Querem tudo nas mãos.

Acomodados seguem o fluxo, reclamando...

Mas não saem da roda, não pulam o muro,

Não molham os pés, não sujam a cara.

Justificam a apatia pelo bem dos outros, pela harmonia hipócrita de uma vida vazia.

Dígno de dó! Aceita o que não escolheu,

Inveja o que não viveu,

Vê realizarem os sonhos que eram seus.

Nunca percebeu que coragem é lutar para ser feliz.

E isso assusta muita gente!

Fazer da felicidade prioridade é tido como absurdo.

Sem motivo algum, sou obcecada por ser feliz, e como isso incomoda!

A sociedade está tão padronizada que até querem impor como se deve ser feliz.

E aceitam!

Na minha vida mando eu.

Feliz por natureza... Seja como for...

Sou única, sou atrevida...

Poeta, Gi Amor!


Gizelle Amorim

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A dor de Rosane




Não chore queridinha,

Entendemos sua situação.

Como viver com 18 mil num país como o Brasil?

Me desceu uma lágrima... Juro!

Além de ladrão, Fernandinho é pão-duro.

Que sacanagem... Quanta cara-de-pau!

Pilantragem deprimente...

é isso aí... "Minha gente"!


Gizelle Amorim

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Gente menos gente

 

Pequenas pernas já tão espertas,
Artistas na sobrevivência,
Acostumados à invisibilidade.
Olhos vislumbram apenas o presente...
Futuro? Nunca viram nada diferente!
Ao mundo, virão seus descendentes...
O ciclo se repete.
A sociedade cobra solução, com educação,
Hipocrisia, bondade vazia.
Demagogia descarada ao ter pena do menino carente!
Se estiver dormindo ao relento...
Mas se erra ao praticar sua lição...
Quer julgá-lo como adulto,
Tatuá-lo de bandido, na prisão.
Da sociedade banido.
Pobre coitado, não teve escolha...
A maioria também não.
Mas é mais confortável virar o rosto,
Não reconhecê-lo como gente.
Displicentemente consciência distraída...
Faz menos grave outras feridas.


Gizelle Amorim

Quero chorar!




Essa vontade de chorar...

Não por dor, nem por amor.

É por estar aqui, inteira e verdadeira.


Mostrando as poesias que falam dos meus sentimentos sufocados.

Escondi minhas emoções em rascunhos que hoje declaro.

Palavras de uma vida que ninguém leu.


Um sonho que quase morreu.

Fui poeta muda de uma platéia surda...

Até o dia em que gritei minha alma.

A magia que era secreta, agora é livre, poeta.

Gizelle Amorim