sexta-feira, 25 de abril de 2014

O Escorpião que não podia matar


No meio de uma mata
Havia um enorme buraco
Uma grande população de escorpiões,
E todos assassinos natos

Porém, um deles,
Não tinha a índole para matar,
Foi expulso por seus companheiros,
E pelo mundo foi a vagar.

E ao vagar pelo mundo,
Passou tempos ao pensar,
Descobriu que queria uma família,
Ser amado e também amar.

Mas sempre que se aproximava,
Todos corriam desesperados,
Com medo que aquele “terrível monstro”
Causasse algum estrago.

Triste, sozinho e cansado,
Encontrou uma Baratinha,
E docemente perguntou:
Por acaso estás sozinha?

Certa que iria morrer,
Ela suplicou aflita:
Por favor, Sr. Escorpião,
Não acabe com minha vida!

Ele suspirou baixinho,
Revelando toda a verdade,
Falou que era do bem,
E só buscava a felicidade.

A Baratinha olhou com temor,
E não escondeu a desconfiança,
Mas abriu um lindo sorriso,
Dando-lhe um voto de confiança.

Começaram a conversar,
E ficaram muito amigos,
E de repente ela indagou:
Quer vir morar comigo?

Chegando a sua toca,
As baratas se desesperaram,
A Baratinha anunciou
Um escorpião como namorado.

E assim foram vivendo,
As baratas e o Escorpião,
Que conquistou o amor de todos
Com seu enorme coração.

O Escorpião estava completo
Tinha tudo que queria,
Não precisou matar ninguém,
E era amado por sua família.

Mas nem tudo sai como esperamos,
E alguém viu o Escorpião,
E com medo de um ataque,
Organizaram um mutirão.

Muita gente juntou...
Cercaram a toca,
Queriam matar o Escorpião,
Pondo veneno em sua porta.

O Escorpião se desesperou,
Viu sua família em perigo,
Buscou uma solução,
Para tirar todos do risco.

Olhou para todos com amor
E imponente saiu da toca correndo,
Cravou seu ferrão nas costas
E matou-se com seu veneno.

As pessoas foram saindo,
E a todas as baratas salvas,
Mas elas o amavam tanto,
Que não admitiam sua falta.

Em um momento de silêncio,
Viu-se um clarão na mata,
Era o espírito do Escorpião,
Falando com as baratas...

“Eu nunca matei ninguém,
E só vivi para amar,
Por isso a minha arma,
Por ironia foi para salvar.

Não importa de onde vens,
E sim seu coração,
O amor é capaz de tudo,
Até dar alma a um Escorpião!

Gi Amor



quarta-feira, 23 de abril de 2014

O Anjo e a Estrela


Era uma vez uma Estrela,
Tímida e desconfiada,
Vivia sozinha em seu cantinho,
E quase sempre calada.

Não dava papo para ninguém,
Não era apegada em nada,
Tinha medo de gostar de algo,
E terminar decepcionada.

Era tida pelas outras estrelas
Como uma Estrela metida,
Por seu comportamento fechado,
Não era muito querida.

Um dia, de repente,
Um Anjo se aproximou,
Queria ser seu amigo,
Mas a Estrela o ignorou.

Ele continuou insistindo,
E ela não agüentava mais,
Ficou brava e gritou:
Eu quero ficar em paz!

O Anjo não desistiu,
E todo dia ia vê-la,
Com o tempo ele percebeu,
Que já era amigo da Estrela!

E os dois se apaixonaram,
Viviam em lua-de-mel,
E ele fez a piada infame:
Querida, estou no céu!

Viviam juntos e felizes,
Em plena paz e harmonia,
Mas a natureza foi mais forte,
E o pior aconteceria.

A Estrela estava perdendo sua luz,
A morte estava para chegar,
E os dois desesperados,
Não paravam de chorar.

O Anjo suplicou aos céus,
Pela vida de sua amada,
Viver sem ela seria impossível,
Sua existência seria um nada!

Com a morte da Estrela,
O Anjo perdeu toda sua vontade...
Dizia para todo o mundo,
Que perdera sua metade!

Sozinho e na sarjeta,
Uma luz o surpreendeu,
E com a voz delicada,
Uma Anjinha apareceu.

Era a sua amada Estrela,
Que havia evoluído,
Tornou-se também uma Anja,
E para sempre estão unidos.

Essa história nos mostra,
Que o amor puro e real,
Consegue superar o fim,
E tornar-se imortal!

Gizelle Amorim

domingo, 13 de abril de 2014

Mãos dadas


Neurônios neuróticos,
Calma!
Meu corpo agüenta a pressão,
Mas quero paz na alma.
Ansiedade, pânico, depressão...
Química disfunção!
Culpa de vocês, inconseqüentes!
Se existo por pensar,
Pensarei, para sobreviver...
Tudo passa, passará sempre.
Passado!
E estou ao seu lado...
No presente,
E para sempre!

Gi Amor


13/04/2014