sexta-feira, 29 de abril de 2011

Feliz 71!

Uma das aptidões de um poeta é colocar nas palavras mais do que informação.
É junto ao texto, fomentar emoção. É trazer para a leitura um olhar aveludado.
O foco é atingir a sensibilidade de seu leitor.
Isso, tiro de letra! Faço poesias em pensamentos, tenho uma visão poética da vida. Sou ciente da realidade, não sou maluca(????????). Mas prefiro as cores e os sabores da fantasia.
Certa vez, ouvi que o orgulho não leva ninguém a nada.
Mesmo assim, tão íntima com as letras, ao falar para você, fico travada...
A barreira criada entre duas pessoas pode ser tão crível, que não reparamos que é invisível.
Por anos essa barreira imaginária nos afastou... Esse tempo já foi, acabou.
De tudo que você já fez, podes ter a certeza que eu fui a mais errada!! Fui eu quem mais o decepcionou... Talvez por isso sou eu quem mais aprendeu.
Meu herói? Não!! Seria hipocrisia...
Digo agora o que já deveria ter dito.
Com todos os seus defeitos, mesmo agora, desanimado, estou e estarei sempre ao seu lado.
Não sou uma maravilha, erro e vou errar de novo.
Se para ontem não dá mais, passou!
Amanhã já pode ser tarde...
Beijinhos da filha imperfeita que quer ver sua felicidade!!!!!


Gizellinha, 29/04/2011


Obs.: Esse texto foi o presente de aniversário que dei para meu pai...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Gentileza esquecida




Pequenos gestos podem causar grandes mudanças.
Palavras doces, um aperto de mão,
Um abraço, dado por acaso...
Quem sabe era o que eu precisava?
Sentimentos tão nobres, atitudes tão honradas,
Delicadezas... Cada dia mais raras.
Mas vou pregar a dor?
Acreditar no amor soa piegas...
E daí? Não ligo!
Eu sei disso!
E dou de graça o meu sorriso.


Gizelle Amorim

O gênio


Um gênio passou por aqui...
Sem alarde ou exibição.
Com apenas um gesto mostrava simplicidade,
Com um olhar, condenava a maldade,
E como um anjo , pouco ficou...
Aqui não cabia alguém assim!
Desprovido de vaidade ou arrogância,
Sábio, esperto, mas sem ganância,
Para muitos foi um exemplo,
Para outros, motivação,
Para uns, um homem normal...
Um gênio genial!



Gizelle Amorim

Não me deixe só


Não me deixe aqui tão só,
Me leve junto!
Não carregue minha alegria.

Sozinha...
Não sinto nada,
Alma sem rumo, mente vazia,
Sorriso forçado...
Letargia.

Gizelle Amorim

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Triunfo



Vamos partir do momento que surge a ideia. O esboço de um plano que pode ou não ser realizado, mas que de certa forma é bem claro e plausível para seu idealizador... Sendo um pouco poeta, é a visão de um artista sobre um quadro que ainda nem pintou.

Partir para a segunda etapa, é acreditar e ter coragem para seguir além, é não temer a frustração, recorrente muitas vezes, e ver que para desistir não é preciso nada. Mas lutar e perseguir a vitória não basta somente a coragem. Exige força, propósito e renúncia. Renúncia... É sem dúvida a parte decisiva para ir além.

Renúncia, para muitos é vista como abandono, desapego, egoísmo e tudo de mais pesado que essa palavra carrega. Mas na realidade, renúncia, para um vencedor, é renunciar ao orgulho, à vaidade e às mesquinharias cotidianas que nos fazem tão boçais. Renúncia é aceitar os erros, lutar pela melhora e ter consciência de nunca será um ser humano perfeito. É ter a humildade de se ver imperfeito, de errar por fraqueza e não desistir...
Há quem pense que esses sonhos muito idealizados, complexos e imprevisíveis são loucuras de gente lunática, manipuláveis por teorias baratas.

Sim, muitos lunáticos e seres fracos são alvos de pensamentos inúteis, infundados e mais fáceis de serem defendidos.

Difícil é manter um pensamento coerente com as suas atitudes. É aí que as coisas estacionam.

Mas sempre é hora de recomeçar, ou de começar ou de aceitar a mão que lhe foi estendida, é aproveitar o embalo do empurrão, e ir... Basta ir...
O triunfo vem com determinação, sempre seguido pelo covarde e apático cagão!



Gizelle Amorim


terça-feira, 19 de abril de 2011

Presunçoso




O desejo do presunçoso...
Querer além da satisfação,
Ser enaltecido por seus acertos,
Ver-se resguardado em seus erros,
Não ter suas certezas contestadas.
Em sua vida já desenhada,
Espera exatidão no amor,
Realidades perfeitas,
Derrotas refeitas,
Fracasso sem dor...



Gizelle Amorim

quinta-feira, 14 de abril de 2011

FABIO



F ascinou-me ao primeiro olhar,
A rrebatador, mas só doçura,
B rotou o amor mais forte e lindo...
I mpossível de pôr em palavras,
O brigada por ter vindo!


Gizelle Amorim(Mamãe)


*Um acróstico para meu gatão!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Meu Poeta




Meu poeta!!!!
Só estou esperando que apareça,
Pois a certeza já está firmada,
Sua voz eu já escuto,
Suas palavras por mim tão sonhadas,
O simples toque soa suave,
Seu sonho e o meu entrelaçados,
A vida sem rumos determinados,
O amor pelo puro prazer de amar,
O doce do beijo só por tocar,
A mão que me desce e me desenha,
Meu sorriso sincero sem nada pedir,
O puro prazer que a palavra não diz,
Viver apenas para ser feliz,
Sem hora, sem pressa,
Sem noite nem dia,
Realizando a vida em poesia!

Gizelle Amorim

terça-feira, 12 de abril de 2011

Esperando meu amor




Sem nada pra fazer,
Tomei banho pra adiantar,
Sem nada pra fazer,
Escolhi minha roupa devagar,
Sem nada para fazer,
Resolvi me pentear,
Sem nada pra fazer,
Comecei a me pintar,
E sem ter o que fazer,
Sem ter em que pensar,
Fico agora ansiosa,
Para ver você chegar!

Gizelle Amorim



Para o Bonito da minha vida!!!!

Lado B


Ela não faz nada...
Danada!
Seduz com sutileza,
Conduz o jogo com elegância,
Aceita o momento da alegria,
Se joga na aventura.
Separa a lucidez da loucura,
Duas faces com doçura,
Dama e puta depravada!
Com a cara deslavada,
Se orgulha de safada...
E vai...
Discreta em sua presença,
Surpreende ao transparecer,
Desejos inconfessáveis,
Revelados no seu “lado B”


Gizelle Amorim











domingo, 10 de abril de 2011


Só, somente só,
Só eu, sempre só,
Sem amor, nem mesmo dó,
No escuro, é o pior,
Sem nem um surdo,
Sem um cretino,
Sozinha eu,
Soltando o nó,
Que não me larga,
Que persegue,
Que me destrói,
Que me corrói,
Só vejo eu,
E nunca nós,
Só ouço um som,
Só minha voz.



Gizelle Amorim

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Barril de pólvora




Rumores, medos e valores,
Fantasmas que atormentam,
Fúria calada.

No silêncio a reflexão,
Pensamentos contidos,
Mágoas passadas,
Ouvidos condicionados,
Respostas adocicadas,
Ponderadas.

Muita opinião formada,
Arrogância,
Surdos por opção,
Juízo sem conhecimento,
Tudo ao mesmo tempo.

A tolerância sumiu,
Chegou no limite.
A explosão aconteceu!
Uma nova experiência...
Paciência!




Gizelle Amorim



quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Rabugento



 

Vejo o mundo de uma forma quadrada,
Achatada, sem graça.
Não gosto de sua risada,
Não rio com sua piada.

Seu carisma não me atinge,
As cores não me comovem,
A festa não me anima,
A alegria não me envolve.

Não brindo à vida,
Nem mesmo à casa.
Os amigos... Esses não tenho.
Meus sonhos perderam as asas.

Sou duro com quem me ama,
Não afago a quem ajudo,
Meu humor, nem eu aguento,
Reflexões.... de um rabugento.


Gizelle Amorim

terça-feira, 5 de abril de 2011

O Palhaço



Pouco fez que o sol raiou,
e lá foi ele em sua jornada,
Com os olhos ainda pesados,
E a cara meio amassada,
Logo despertou seu sorriso,
Partiu para o mundo com a cara pintada.
Levava sua vasta alegria,
Buscava ao menos um sorriso na multidão,

Queria doar um pouco de si...
Tirar alguém da solidão,
Fazer o aflito sentir-se capaz,
Ao desesperado dividir sua paz.

E quando seus olhos coloridos,
Saíram por um instante da personagem,
Viu o cinza da realidade.
E foi... Desiludido.
Refletindo se ali era o fracasso,
 lembrou que não há luta sem cansaço,
Nem tristeza que vença o palhaço.

Gizelle Amorim

Voar



 
Se voa ao voar, sem dono,
Sem alguém supor o porquê,
Que se espalhe o seu propósito,
Ou não tem a razão de ser,

Quem sabe e não repassa,
Mesmo sem saber dizer,
Se conforma com o repetido,
E fecha os olhos para não ver.

Mas o voar é o improviso,
É ir disposto a aprender,
É levar para o infinito,
A certeza de não se ter...

Gizelle Amorim








segunda-feira, 4 de abril de 2011

Liberdade de expressão




Vou dizer o que penso... Sim, vou dizer o que penso, pois sou livre para pensar, e mais que isso, sou amparada pela constituição para expressar minha opinião, seja ela coerente, hipócrita, cretina ou indiferente.

A liberdade de expressão não é um privilégio de quem tem ideias louváveis ou nobreza de caráter.

O livre pensamento é comum a todos, e respeitá-lo é obrigação dos que dele gozam.

Vivemos em uma democracia e a partir do momento que se começa a cercear a liberdade de expressão, temos que considerar a volta de um Estado autoritário e fascista.

Dizer do que gosto, do que não gosto, o que acho certo ou errado, até onde sei, não é crime!

Ultimamente, as pessoas estão ficando tão melindrosas, o “politicamente correto” está tão exagerado que já chegou ao ponto de apelar para a desonestidade intelectual.

Ao mesmo tempo que querem e exercem sua liberdade para contestar as opiniões alheias, não estão aceitando, e estão buscando desesperadamente os motivos mais irrelevantes para justificar as suas contradições.


Gizelle Amorim

domingo, 3 de abril de 2011

Gota de sentimento



De onde cai uma lágrima,
Desce além da fisiologia,
É o resumo do sentimento,
Seja dor ou alegria,
Ainda que se evite,
Por orgulho ou teimosia...
Ela desce e corre ao seu lado,
Vem pela boca ou  nem mesmo cai.
Olhos marejados respondem calados,
Sem palavras, só cílios molhados.
É a confissão do sentimento,
Felicidade, ódio, mágoa...
Expresso de forma primária,
Na simplicidade de uma gota d'água.

Gizelle Amorim

 

Não!




 
Palavra fácil, pequena e limitadora.
Na maioria das vezes, vista como fracasso, como o “ponto final”.
Esse é o “não” que nos é ensinado, sem um porquê, prático e objetivo para demonstrar poder.
O medo que essas três letras causam, é tão grande, tão grande que destrói sonhos, não só destrói, como impede que se sonhe, já confirma um fracasso... Fracasso real, pois quem não tenta, não consegue!
O “não” é fundamental para o ensinamento, necessário para demonstrar limites, mas só é valido com a coerência de seu significado. Só é construtivo quando aguça a reflexão.
A maior liberdade que existe, é o direito de dizer: NÃO!
Ser livre é ter o direito de dizer não. Entendê-lo,
é aceitar o que é respeito.
A vida é feita de escolhas, e cada escolha carrega uma consequência. Nós escolhemos, nós arcamos...
“Não quero...”
“Não concordo...”
“Não acredito...”

Gizelle Amorim


Primeiro passo

Um dos fatos mais marcantes e mais comemorados após nosso nascimento é nosso primeiro passo. O primeiro de uma vida inteira, nossa primeira ousadia!

E aí crescemos e nem lembramos mais que o nosso caminho teve início naquele passinho, inseguro, temeroso, mas determinado à ir além…

E com o primeiro passo, descobrimos novas rotas, desvendamos lugares incomuns e podemos escolher a direção. Pela primeira vez, podemos ir por vontade própria em busca do novo.

Ao passar do tempo, essa poesia se transforma em medo, um medo paralisante. A acomodação é quase uma regra. Estar inerte e acomodado é seguro e corruptível demais.

Sair da certeza, mudar o discurso, lutar por ideais parece tão fora do centro que na maioria das vezes nos faz pensar em desistir, ou sentar e aceitar covardemente os acontecimentos...

Ir além do óbvio, contestar a normalidade, se comprometer com um propósito... E pô-lo em prática, mesmo que em doses mínimas… Soa utópico. Mas só é para quem pensa na cadeira, quem pensa sem mexer a bunda!

Quem acredita, reconhece a importância do primeiro passo.

Gizelle Amorim