terça-feira, 5 de abril de 2011

O Palhaço



Pouco fez que o sol raiou,
e lá foi ele em sua jornada,
Com os olhos ainda pesados,
E a cara meio amassada,
Logo despertou seu sorriso,
Partiu para o mundo com a cara pintada.
Levava sua vasta alegria,
Buscava ao menos um sorriso na multidão,

Queria doar um pouco de si...
Tirar alguém da solidão,
Fazer o aflito sentir-se capaz,
Ao desesperado dividir sua paz.

E quando seus olhos coloridos,
Saíram por um instante da personagem,
Viu o cinza da realidade.
E foi... Desiludido.
Refletindo se ali era o fracasso,
 lembrou que não há luta sem cansaço,
Nem tristeza que vença o palhaço.

Gizelle Amorim

Um comentário:

  1. Você escreve muito bem, Gi!
    Gostei.
    Te encontrei no Tormentas. Também tenho lá alguns poemas...mas é melhor lê.los no local mais apropriado, pois acompanho-os quase sempre com videos...ou fotos...

    Os meus blogues:

    artes plásticas: afonsorochaescultura.blogspot.com

    poesia:
    orespirardopensamento.blogspot.com

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