quarta-feira, 20 de julho de 2011

Abelha descarada



Abelha safada! Descarada.
Pureza? Ledo engano...
Asas, zumbidos, ferrões... ODEIO!
Odeio mato!
Quero cimento,
Barulho, apartamento.
Banho quente... Coisa de gente.
Respeito os bichos. Mas que fiquem lá,
Bem longe de mim, tá?
Entendido?
… Claro que não!
Eis que estou curtindo um domingo, bebendo feliz uma cachacinha...
A sorrateira, descarada e abusada, mergulha no meu copo!!!!
Tão maliciosa que eu nem vi!
Ao primeiro gole, senti algo estranho... Cuspi!
Cuspi o cadáver de uma abelha bêbada!!!
Pensei...
Voou ao último andar do prédio e
caiu no meu copo... Não convenceu!
Ela foi me afrontar!!!
Porra! Que fosse produzir mel, polinizar... Ou dar para o Zangão!
Cachaceira, sem noção!
Mereceu... Foi roubar minha birita... Canalha...
SE FUDEU!



Gizelle Amorim

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