quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sem poesia


 
Mais que eu, não posso ser,
Só aprendi a ser assim,
Não espere mais de mim.

Se quer por fora,
Até mudo.
Mas não te iludo,
Eu vou embora.

Sem dizer hora,
Se marcar dia,
Sem contar anos,
Desfaço os planos.

Esqueça o perfeito.
Pois as vestes não serão minhas.
As palavras serão ditadas.
Minha fala decorada,
e a voz abafada.
Essência reprimida,
Sem alegria...
Alma morta, sem poesia.


Gizelle Amorim














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